sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

simples

Hoje cedo acordei. Qualquer outro dia, como qualquer outra manhã.
Levantar escovar os dentes...
Chegando a padaria, como de costume...
-"Samucaaaa! me ve três pães ai!"
Tranquilo como de costume.
Leite no copo, café fresquinho... mais um pouco de café.
Algo diferente aconteceu.
O pão aquele que já habitara a minha manhã, que já envolveu minha atenção...
Se fez diferente...
me fez refletir sobre toda sua história antes de fazer parte da minha.
A colheita do trigo, feita pelas máquinas manuzeadas por Ananias.
A transformação do trigo em farinha, pela empresa onde Julia trabalha.
O caminhão que transportou o trigo, cujo "piloto" era o senhor José.
O padeiro Carlinhos que uniu a farinha de trigo com outros ingredientes...
Samuel que me vendeu os pães...
Aquele pãozinho prestes a se tornar parte de mim, parte de minha subsistência.
Já havia sido parte das vidas de muitas outras pessoas.
Umas deram pouca atenção a ele, outras um pouco mais e eu sei lá viajei na batatinha...
Mas é incrivel a forma que as coisas acontecem simplismente emaranhadas.
Algo simples é dotado de tanta complexidade que não somos capazes de notá-la.
Não que tenhamos que conversar com os pãezinhos amanhecidos...
Mas às vezes notar as coisas que compõem nossas vidas... que fazem parte de nós.
Achamos que ninguém nos entende...
E aquele filão você o entende?
Podemos por vezes observá-lo mais atentamente.
Podemos por vezes nos observar mais atentamente.
Quem sabe nossas vidas não se cruzem?
Sem que haja a necessidade de nos ententermos.
Mas que esteja presente a magia de nos observarmos.

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