meus olhos irão tocar seu coração
buscarei qualquer coisa
qualquer coisa que lhe provoque
qualquer laço que eu possa me prender
tentarei as estrelas
as metáforas mais ancestrais
as desculpas mais astrológicas
desenharei você
nos versos
mais perversos
engendrarei planos
desafios
e estratégias
seus lábios de menina
suplicarão os meus
seus batimentos
inevitavelmente
se alterarão ao fitar meus olhos
em todos os lugares
nas infinitudes de acontecimentos
eu serei o seu
o mais intenso
e incompleto
aconchego
o álcool que me embriaga
os poemas que me inspiram
são meras coincidências
com a musa nascida
a ilusão criada
não prometo nada
nem poderia
mas já dei um passo
e agora
sei que o mundo irá girar
não sou profeta
nem vidente
nem poderia ser
sou idiota
sei
mas saberá mais
e sim
seremos nós
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
long neck
me tirou da geladeira
com ar de descobrimento
ar de contentamento
me tomou pelas mãos
mãos quentes
conversou
desconversou
fez com eu que pensasse ser
ser sua melhor escolha
sua mais decidida escolha
me girou
me descobriu
abriu
fez com que eu pensasse em tudo
em todas que já vi passar
me convenceu
me conquistou
me levou vagarosamente aos seus lábios
macios lábios
me tomou
me usou
rimos e nos alegramos
gozamos o âmago da embriaguez
fizemos planos
contamos as estrelas
naqueles cinco minutos
naqueles minutos
muitos beijos
alguns goles
quando se anunciava o fim
ficamos mais contentes
extasiados pelo fim de noite
pelo encontro acontecido
você me deu o último beijo
inesquecível
o último gole em mim
e me deixou
me esqueceu
nem sequer soube das minhas marcas
fui apenas mais um no seu rol de conquistas
encostado na beira do poste
jogado na sarjeta da rua escura
sequer se lembra que me bebeu
que devorou minhas entranhas
que nossas bocas se fundiram
que a alegria percorreu nosso corpos
daqui posso te ver
abrindo novamente a geladeira
enfeitiçando mais um desajuizado
descartando mais uma alma
alma descartável
que se quebra
com ar de descobrimento
ar de contentamento
me tomou pelas mãos
mãos quentes
conversou
desconversou
fez com eu que pensasse ser
ser sua melhor escolha
sua mais decidida escolha
me girou
me descobriu
abriu
fez com que eu pensasse em tudo
em todas que já vi passar
me convenceu
me conquistou
me levou vagarosamente aos seus lábios
macios lábios
me tomou
me usou
rimos e nos alegramos
gozamos o âmago da embriaguez
fizemos planos
contamos as estrelas
naqueles cinco minutos
naqueles minutos
muitos beijos
alguns goles
quando se anunciava o fim
ficamos mais contentes
extasiados pelo fim de noite
pelo encontro acontecido
você me deu o último beijo
inesquecível
o último gole em mim
e me deixou
me esqueceu
nem sequer soube das minhas marcas
fui apenas mais um no seu rol de conquistas
encostado na beira do poste
jogado na sarjeta da rua escura
sequer se lembra que me bebeu
que devorou minhas entranhas
que nossas bocas se fundiram
que a alegria percorreu nosso corpos
daqui posso te ver
abrindo novamente a geladeira
enfeitiçando mais um desajuizado
descartando mais uma alma
alma descartável
que se quebra
sábado, 9 de janeiro de 2016
moleca
ah pequena
nos seus lábios
vi o coração
um desenho
em carne
um coração pulsante
pulsante desejo
ah morena
nos seus olhos
vi o mundo
vi que tudo
tudo não passava de ilusão
ah menina
nos seus cabelos
nos seus cabelos
encontrei a canção
a música que estremece a vida
que carrega a guarida
lugar onde quero morar
ah moleca
no seu jeito
simples e sereno
encontrei o aconchego
os passos que quero dar
os ideários que imagino ter
os versos que ainda posso escrever
nos seus lábios
vi o coração
um desenho
em carne
um coração pulsante
pulsante desejo
ah morena
nos seus olhos
vi o mundo
vi que tudo
tudo não passava de ilusão
ah menina
nos seus cabelos
nos seus cabelos
encontrei a canção
a música que estremece a vida
que carrega a guarida
lugar onde quero morar
ah moleca
no seu jeito
simples e sereno
encontrei o aconchego
os passos que quero dar
os ideários que imagino ter
os versos que ainda posso escrever
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
desdizer
se soubesse que amanhã morria
e a primavera fosse depois de amanhã
morreria contente
as flores
as flores
desabroxam
mesmo eu não estando aqui
mesmo que eu não as veja
mesmo que eu esteja morto
na primavera
a vida vive
mesmo se minha morte existir
minha inexistência
não para o mundo
mundo que acaba para mim
não termina egoicamente
o mundo vive
mesmo que eu não viva
nele não mais
os sorrisos sorriem
as plantas verdejam
os ventos velejam
os beijos se beijam
tudo se faz
como sempre foi
e como ainda será
o trem continua
mesmo sem nenhum passageiro
fica mais vazio
mas parece não se importar tanto
me dê permissão
para gozar da minha partida
para me alegrar com a derrota
e triunfar sobre a passagem
pois a alegria que me dá
ainda há valor positivo
na maior negatividade do mundo
há quem diga
que o mundo gira
e quem sou eu
para desdizer
e a primavera fosse depois de amanhã
morreria contente
as flores
as flores
desabroxam
mesmo eu não estando aqui
mesmo que eu não as veja
mesmo que eu esteja morto
na primavera
a vida vive
mesmo se minha morte existir
minha inexistência
não para o mundo
mundo que acaba para mim
não termina egoicamente
o mundo vive
mesmo que eu não viva
nele não mais
os sorrisos sorriem
as plantas verdejam
os ventos velejam
os beijos se beijam
tudo se faz
como sempre foi
e como ainda será
o trem continua
mesmo sem nenhum passageiro
fica mais vazio
mas parece não se importar tanto
me dê permissão
para gozar da minha partida
para me alegrar com a derrota
e triunfar sobre a passagem
pois a alegria que me dá
ainda há valor positivo
na maior negatividade do mundo
há quem diga
que o mundo gira
e quem sou eu
para desdizer
domingo, 3 de janeiro de 2016
janeiro
de
janeiro eu vejo
um
ano inteiro
janeiro
um beijo
beijo de
despedida do meu velho
ano
velho
janeiro
é promessa
de
que depois da festa
o
que ainda resta
são
mais que 12 meses
mais
que trabalho
mais
que o orvalho
das
manhãs seguintes
janeiro
é esperança
de que
depois da comilança
ainda
reste a possibilidade
de
aproveitar o carnaval
gozando de corpo escultural
nas
areias brancas à beira mar
janeiro
é desejo
desejo
de ano bom
de
férias escolares ininterruptas
de
feriados prolongados
nos
calendários pendurados
janeiro
é preguiça
cochilo
depois do almoço
depois
do café
café da manhã
no almoço
churrasco
na segunda
saideira
na terça
janeiro
dos sonhos
sonhos
e planos
e
o que mais se pode desejar
janeiro
é começo
nem
tão empolgado
meio
afogado
de
algum projeto
do
que surgirá
promessas e decisões
janeiro
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