quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

marejados

são sete e quinze da noite,
noite de um dia chuvoso.
noite de novembro em horário de verão.
o céu derrama suas águas refrescando o calor de primavera.

de repente ao meu redor se fez silêncio
o que acontece eu não sei ao certo
algo nela me fez parar
parado, estático, só pude lhe observar.

seus olhos cheios d'água.
água de lágrimas.
mas não de tristeza ou irritação
água pela simples função
de adornar os olhos teus.

esta junção de olhos e água
me fizeram viajar por entre as nuvens
aqueles olhos me fizeram sair de mim
ali parado no mesmo lugar.

agora estou aqui
meio consciente, meio adormecido
por aqueles olhos ainda estatizado
feliz por aquilo ter experimentado.

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