segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

amanhecer

São cinco e meia da manhã
e estou aqui parado lhe adimirando.
O sono já não habita meu ser.
Estou agora com algo importante a fazer.

Lá fora a chuva cai mansa,
como quem não tem pressa de chegar.
Fico olhando seus olhos,
que me põem a sonhar;
seus doces lábios,
que me fazem lhe desejar;
seus longos cabelos negros,
graciosamente espalhados sobre meu travesseiro,
que não me deixam um instante,
a minha atenção desviar.

Apenas uma luz azul
ilumina seu corpo deitado em minha cama.
Feito fada repouzante, em sono deslumbrante.
Somente a luz que vem da luminaria
me permite observá-la neste momento mágico.
E descrever neste papel o que por meus olhos vejo.

Fico nesta poltrona a te observar,
como um viajante que fotografa um mundo novo,
fico atento a notar
cada pedacinho de belza a se mostrar.

Assim como quem assiste um espetáculo,
ansioso para conhecer o final.
Permaneço aqui aguardando-lhe despertar.
Seus olhos abrir
e poder novamente
olhar olhos nos olhos...
o seu despertar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário