vasculhando minhas lembranças
e outras projeções de como devo ser
tentei me refazer
mas não pude ser mais que eu mesmo
queria lhe conquistar
me fazer alguém
aquele alguém que descobri
aquele que lhe encantaria
mas não posso ser outro
a não ser eu
minha barba ainda está por fazer
meus cabelos bagunçados
meus tênis furados
e minha camisa amarrotada
só consigo ser eu mesmo
mesmo sem autenticidade
ainda escrevo versos sem sentido
ainda espero que você os leia
ainda não consigo discriminar...
quando seguir
quando parar...
seus olhos ainda estão presentes
busco seu franzir de testa
seu olhar ainda indeciso
sua mordida no lábio inferior
tentei ser outro
tentei pensar em outra forma de ser
mas não conseguiria...
por mais que você tente...
sei que ainda espera de mim
aquilo que sempre faço
nossos risos
nosso descompromisso
nossa conversa...
não posso ser aquele cara
aquele de seu ideário
no máximo...
posso ser eu mesmo
talvez não seja tão ruim assim...
talvez você não saiba...
a falta que eu faço
a falta que você me faz
sou ainda um tolo
que tece associações insanas
que pensa em coisas sem nexo
que gosta do seu jeito delicado
fico indeciso se o que vejo
se o que entendo
realmente existe
você ainda é um poço de mistérios
e eu não sou quem você pensa
ainda persigo o incerto
só posso ser eu
nem sou tão ruim assim
você sabe
você sente
sou eu
e ainda vou buscá-la outra vez
vou tentá-la
e no nosso encontro
nosso louco encontro
quem sabe
você se veja
você me veja...
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
tristeza
coloquei meus sapatos
vesti a capa de chuva
mas não fui a lugar algum
continuei aqui
chorando minhas angústias
olhando pela janela vi o céu azul
as nuvens brancas
e ao fechar os olhos...
ainda estava escuro
procurando respostas
para as perguntas que não tinha
confuso
continuei trancado
trancado em mim
todos os pássaros lá fora
todas as borboletas
não sabem dos meus temores
ao menos a gata
a gata ainda sente meus revezes
pensei em gritar ao mundo minha indecisão
minha falta de coragem
mas percebi que não havia nada
nenhuma palavra a ser dita
quero fazer algo
mas ainda não sei o quê
quero dizer
e estou ainda calado
engoli algumas palavras
cuspi algumas lágrimas
e ainda permaneço
em meu próprio martírio
despi de minhas vestes
olhei para o mundo
mundo em um papel em branco
e continuei viajando
não quis chegar a lugar algum
nem sair de mim mesmo
apesar do meu próprio abandono
ainda estou aqui
vesti a capa de chuva
mas não fui a lugar algum
continuei aqui
chorando minhas angústias
olhando pela janela vi o céu azul
as nuvens brancas
e ao fechar os olhos...
ainda estava escuro
procurando respostas
para as perguntas que não tinha
confuso
continuei trancado
trancado em mim
todos os pássaros lá fora
todas as borboletas
não sabem dos meus temores
ao menos a gata
a gata ainda sente meus revezes
pensei em gritar ao mundo minha indecisão
minha falta de coragem
mas percebi que não havia nada
nenhuma palavra a ser dita
quero fazer algo
mas ainda não sei o quê
quero dizer
e estou ainda calado
engoli algumas palavras
cuspi algumas lágrimas
e ainda permaneço
em meu próprio martírio
despi de minhas vestes
olhei para o mundo
mundo em um papel em branco
e continuei viajando
não quis chegar a lugar algum
nem sair de mim mesmo
apesar do meu próprio abandono
ainda estou aqui
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
desconhecimento
depois de um tempo
o nó da garganta se desfez
o livro chegou ao fim
o conto teve um final feliz
deixei a coisa de lado
coloquei ponto final na história
imaginária história
passei a perceber outras ilusões
a perseguir outros sonhos
outras possibilidades
talvez persistir seja um erro
o abandono é uma alternativa
ou então a mudança
o contorno
algumas coisas não precisam ser respondidas
solucionadas
algumas coisas estão no mundo
e só
não precisam de causas
não precisam de consequências
algumas coisas são incompreensíveis
e não precisam ser solucionadas
compreendidas ceêntificamente
o desconhecimento às vezes é a melhor possibilidade
o nó da garganta se desfez
o livro chegou ao fim
o conto teve um final feliz
deixei a coisa de lado
coloquei ponto final na história
imaginária história
passei a perceber outras ilusões
a perseguir outros sonhos
outras possibilidades
talvez persistir seja um erro
o abandono é uma alternativa
ou então a mudança
o contorno
algumas coisas não precisam ser respondidas
solucionadas
algumas coisas estão no mundo
e só
não precisam de causas
não precisam de consequências
algumas coisas são incompreensíveis
e não precisam ser solucionadas
compreendidas ceêntificamente
o desconhecimento às vezes é a melhor possibilidade
sábado, 7 de dezembro de 2013
sim
e se eu lhe perguntar...
se eu lhe colocar em xeque?
diga...
somente que
sim
sim para nossas histórias
sim para nossos sonhos
nosso desejo
sim para sua necessidade de mim
para minha companhia
para a minha loucura
diga sim para nós
para os laços
para nossos passos
você sabe o que quer
sabe o que deseja
o que espera...
diga sim
sim para as estrelas do céu
para as gotas da chuva
para as tardes de domingo
diga...
não existe certeza em hipóteses
não existe pecado nos romances
nem decisão sem medo
mas diga...
sim para mim
sim para você
sim para o futuro
para o incerto
para o diferente
diga sim
venha comigo para lugares lúdicos
mares e jardins
séries e filmes
seja minha
seja você
diga sim
se eu lhe colocar em xeque?
diga...
somente que
sim
sim para nossas histórias
sim para nossos sonhos
nosso desejo
sim para sua necessidade de mim
para minha companhia
para a minha loucura
diga sim para nós
para os laços
para nossos passos
você sabe o que quer
sabe o que deseja
o que espera...
diga sim
sim para as estrelas do céu
para as gotas da chuva
para as tardes de domingo
diga...
não existe certeza em hipóteses
não existe pecado nos romances
nem decisão sem medo
mas diga...
sim para mim
sim para você
sim para o futuro
para o incerto
para o diferente
diga sim
venha comigo para lugares lúdicos
mares e jardins
séries e filmes
seja minha
seja você
diga sim
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