quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
braseiro
Adentrei na sala.
A vi sentada no lugar de costume.
Seus pés descalços,
como quem não tem com o que se preocupar.
Estava lendo,
em silêncio como faz costumeiramente.
Seus lindos cabelos louros cobriam seu rosto.
Imprimindo naquele instante um certo ar de mistério.
Já sabia como seu rosto era belo,
por tê-lo visto anteriormente.
Mas todo poeta deseja vislumbrar a face de sua musa novamente.
Seu fino pescoço debruçado sobre o tronco
atiçava qualquer vampiro que não houvesse.
Depois de alguns instantes,
como o raio de sol que desperta a manhã
jogou delicadamente seus cabelos para traz,
revelando mais uma vez seu lindo rosto.
Continuei ali esperando o próximo movimento.
Virou-se em minha direção,
e como quem lança alcool num braseiro...
sorriu para mim.
Estasiado com a cena me vi a observá-la indiscriminadamente.
Imaginando mil imagens.
Ignorando aquele mágico momento,
ela voltou para seu livro
e eu para minha contemplação.
Aguardando o próximo bonde.
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