no final da tarde
vai à beira do brejo
os sapos coaxam
coaxam simplesmente
para impressionar as pretendentes
a suave brisa
abrasa o cansaço daquele
daquele que trabalhou o dia todo
o Sol se põe vagarosamente
sem pressa de anoitecer
as primeiras estrelas no céu
a lua ainda tímida
as galinhas se empoleiram
subindo no pé de manga
a mulher grita da varanda
chama o seu bem
arroz, feijão e frango
vinho bordô, como não?
o dia se encerra
as crianças já dormem
a onça vaga pela colina
a mulher aguarda com carinho
o sujeito de pijama
samba canção
a luz se apaga
e a história é novamente contada
os sonhos são elaborados
não precisa de relógio
o tempo pode ser desfrutado
sem ponteiros
os amantes
a mata
o orvalho da madrugada
a simplicidade
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