domingo, 10 de novembro de 2013

profana

essa mão no pescoço
o suor na nuca
o batom nos lábios...

sua delicadeza profana
seus cabelos negros e longos
os brincos de argola
e as pernas cruzadas

tudo contaria degraus aos céus
o azul dos seus olhos
e o caminho
o caminhar
já seria o bastante

subir as escadarias do inferno
para num súbito suspirar
gozar do calor dos seus lábios
a fluidez dos meus pensamentos
completamente perversos

qualquer coisa bastaria
para um pobre diabo
o poeta

suas mãos de esperança
possibilitaram a transformação
o desejo
a busca pelo novo...

tudo pode ser perfeito
tudo é passageiro
e os degraus
ao chegarem ao fim
me fizeram pensar
em me jogar novamente
e assim...
vislumbrar as nuvens
como água que cai como chuva

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