ah que saudade de mim mesmo
daquele que encotrava acordo em tudo
que buscava a luz em tudo
que via com olhos de poeta
que saudade daquele velho eu
que já não pertence a mim
aquele que dexou de fazer grandes coisas
que se debruçou pouco sobre as pequenas coisas
que deu atenção demais para o q não devia
não posso ser o que já fui antes
não poderia
ver o que vi
sentir o que senti
me impede de negligenciar as coisas
agora não mais alheio
agora não mais ingênuo
talvez um pouco. é claro
não sabido de tudo
mas de alguma forma menos confuso
sou agora outro de antes
sou agora diferente do que serei
do que fui
mas talvez não seja tão mal assim
tão tolo assim
quem sabe...
não sou o mesmo eu de outras versões
outros verões
sou aquele que se modifica
ao passar das estações
sou apenas um
que não pode ser mais aquele um
deve ser outro agora
mas não mais aquele de outrora
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