sexta-feira, 20 de julho de 2012

cotidiano

O frio habita as ruas da cidade
as luzes ainda estão acordadas
iluminando minha alma madrugada
ainda em tempestade

as estrelas ainda brilham
o sol já vem surgindo
os passageiros agora trilham
seus destinos estão cumprindo

nesses caminhos tortuosos
passam pessoas que se desconhecem
talvez encontros amorosos
para aqueles que se merecem

a vida flui intensamente
nas ruas reluzentes adormecidas
ainda não acordadas completamente
pelo sono ainda coibidas

todas as senhoras a passar o café
se preparando para mais um dia
pessoas corajosas já em pé
estabelecendo a mais espantosa correria

por que ainda fazemos isso
colocando em risco nossas vidas
como que num feitiço
uma liberdade muito tímida

somos homens e mulheres
correndo atraz de algo
milhares e milhares
que não chegam ao seu alvo

nos descobrimos a cada instante
coisas que talvez fossemos
queremos por vezes ficar distante
daquilo que em nós tememos

nos alienamos
por não querer a verdade
pois nos aquietamos
por pura vaidade

é dolorosa eu sei
aquela que nos tonra sãos
mais perdido estarei
quando a verdade estiver em minhas mãos



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