seu caminhar de pluma ao vento
um desejo em recalque
um sublime suspiro
dois passageiros na bicicleta
três rosas no jardim
um milhão de sonhos no bolso
minhas mãos em seu quadril
suas mãos em meu pescoço
e nossos pés no céu
sob a canção da brisa
com as bênçãos das nuvens
juramos não jurar
tudo estava naqueles olhos de gata
toda a promessa não cumprida
todos sonhos não vividos
dois estranhos no banco da praça
estranhos a conversar por horas
conversas estranhas
corpos, mentes e comportamentos
dois abstratos filosofando...
as folhas ainda caem no chão forrado
as palavras já se sessam
e os olhos já cansados
desejam se refazer
uma imensidão de desejos
percorrem minha barriga
o fim da noite se aproxima
tento deixar a porta aberta
para quem sabe voltar a visitá-la
seus lábios deixam o recinto
a saudade
ainda habita o lúdico
ela se vai
e consigo leva a esperança
de noite mais prolongada
deixa o gosto de novidade
a vontade de ter mais
deixa também
a promessa de uma próxima
uma próxima investida
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